Quando chega o dia da formatura, o ar se enche de alegria e se torna perfumado. Meninos e meninas sorridentes, desfilam com alegria, ostentando o orgulho de terem atingido a meta. Corações batem forte e, no íntimo, uma sensação de dever cumprido aliada à da vitória conquistada. Tudo se transforma em SONHO.
Nós, professores, sentimos a grata satisfação de haver colaborado para essa vitória, de maneira humilde e muitas vezes irreconhecida. Fomos durões, rabugentos, mas sabíamos o que estávamos fazendo. É bem provável que nem sejamos convidados para a festa. Melhor! Assim teremos tempo de contar a fortuna com que fomos agraciados no ano letivo. Poderemos comprar um carro novo, uma casa nova, renovar todo o equipamento de informática que ficaram desgastados pelo uso no preparo das aulas, rir dos desaforos de alunos e de alguns de seus pais, enfim, comemorarmos esfuziantemente a mais rentosa das profissões. Afinal, merecemos, não acham? Moldamos mentes para habilitá-las a enfrentar os problemas da sociedade e se tornarem tão ricas e poderosas como nós professores.
Mas tudo não passa de sonho. Jovens vão se debater na realidade da vida e nós, professores, continuaremos no próximo ano letivo a nossa rebugice, contando migalhas ao invés de fortuna, mas felizes por termos o título de professores nesta terra tupiniquim.
"Jovens vão se debater na realidade da vida e nós, professores, continuaremos no próximo ano letivo a nossa rebugice, contando migalhas ao invés de fortuna, mas felizes por termos o título de professores nesta terra tupiniquim."
ResponderExcluirPensava alguns dias justamente sobre isso conversando com minha irmã alguns anos mais nova e ambas tivemos a mesma professora que nos alfabetizou, ela continua na sua profissão em quanto seus alunos das mais diversas faixas etárias assumem profissões distintas espalhados pelo mundo. A profissão de professor é linda, minha mãe era professora e quase me tornei uma, na verdade por ser interior é uma das poucas profisões do cardápio do mercado.
Linda imagem, lembrou-me dos tempos que morei no interior. Peço permissão para usá-la numa postagem futura.
Abraço.
Desconsidere o "em quanto". Enquanto. Eu não sou tão ruim em ortografia, mas tenho que usar a velha desculpa que a internet emburrece a gente gramaticalmente. Hehe
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