Quando eu acreditava em Velhinho do Natal, porque na minha época ainda não havia sido incorporada à nossa cultura ( a lá de casa) a figura do Papai Noel, eu pensava nele como uma pessoa insensível, sem criatividade, ou indiferente aos meus pedidos. Cada ano, eu ganhava o mesmo carrinho. Resolvi guardá-lo para a posteridade.
Este blog contém imagens de minha autoria e, ilustrativamente, de outros autores (com o crédito mencionado)
Conhecimento de Deus
O homem, que pensa conhecer Deus apenas pela leitura das Escrituras, age como um viajante que pensa já conhecer o destino da viagem, apenas pela leitura do bilhete da passagem. (Odilon)
OBRIGADO POR ME VISITAR
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terça-feira, 29 de junho de 2010
FABRICANTE DE ESTRELAS (Aos meus Netos)
Sem mais, nem menos
domingo, 27 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Caravela de um só marinheiro
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Palhaçada
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Vida simples
Nos meus cinco anos de idade, eu acordava pela manhã com a luz entrando pela minha janela, ao som das gralhas azuis e das corucacas distantes. O cheiro de café passado e de pinhão assado na chapa era um convite para pular da cama, mesmo que o frio aconselhasse a permanecer debaixo das cobertas. Não dava para recusar o convite de fazer parte da vida.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Depressão
Depressão é caminhar por uma estrada sinuosa à beira de um abismo, sem saber se suas forças são suficientes para vencer a jornada. Mas chegar aonde? Não existe sequer algo atraente no horizonte. Só medo, insegurança, desespero. Impossível saber se o ideal é sentar-se esperando que o tempo consuma tudo, ou atirar-se de uma vez por todas no abismo. A única coisa, que a realidade não permite, é que se desperte. Afinal, os sonhos esmaeceram pelo caminho que ficou para trás. Que coisa sem graça!
segunda-feira, 21 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
Sereias
Fogueira
Nos meus tempos de Itaiópolis e Papanduva, em Santa Catarina, quantas fogueiras eu visitei? Não lembro e nem quero saber, até porque gostaria de estar em todas. Experimentei andar sobre as brasas ardentes, descalço, sem queimar os pés. Milagre? Pode até ser. Quem duvida de que Shakespeare tinha toda razão: Há mais mistérios entre o céu a terra...
Aí vem a saudade, como Manuel Bandeira, tão bem expressa em
"Profundamente":
Quando ontem adormeci
Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Estrondos de bombas luzes de Bengala
Vozes, cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.
No meio da noite despertei
Não ouvi mais vozes nem risos
Apenas balões
Passavam, errantes
Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?
— Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente.
*
Quando eu tinha seis anos
*
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.
Procurei com os parcos recursos da mente, transmitir uma imagem autêntica.
Procurei com os parcos recursos da mente, transmitir uma imagem autêntica.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Boratu
terça-feira, 8 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
Busca do Nada
O Nada existe? Se o nada existir, deixa de ser nada. Nada é o que não existe. Mas se estiver presente em uma mente, deixa de inexistir. Complicado, né? O que não existe, não pode ser catalogado. Imagine como os antigos pelearam para conseguirem conceber o ZERO: Uma bolinha sem nada, flutuando no espaço.
sábado, 5 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Origem do mundo
terça-feira, 1 de junho de 2010
Astecas
Não me perguntem o porquê. Mas me veio a inspiração de fazer a máscara do deus asteca TLALOC. Obedeci ao impulso. O resultado, vocês podem ver. Agora, não me perguntem se é fiel. Eu, simplemente, fiz. Sei lá. Deve ser algo latente da minha infância, pois nunca aceitei a invasão dos espanhóis e dos portugueses.
Minha vida na roça
Quando me perguntam a procedência de uma cicatriz no pé, tenho orgulho em responder que é uma marca de enxada dos tempos de roça.
Muito embora, hoje se tenha armado um circo contra o tabaco, naquela época era um meio de sobrevivência dos agricultores. A empresa tabageira prestava toda assistência ao plantador, inclusive com o fornecimento de crédito. Coisa que não se vê, hoje, para os pequenos produtores agrícolas. Mas não venho discutir política agrícola, meu objetivo é trazer a minha mensagem da paz que aprendi na convivência com a Natureza.
Morei na estufa, no meio do mato. Fui acordado pela sinfonia ímpar de aves. Tive tardes encerradas pelo ronco dos bugios e do coral de urus. O sol se filtrando entre as frondosas bracatingas e a dança majestosa das taquaras sob a batuta da brisa. Nadei em rio de água fria nas tardes quentes de verão. Pesquei lindos lambaris prateados e nadadeiras vermelhas. Aprendi coisas e ouvi histórias fantásticas dos caboclos acompanhadas do trepidar do fogo, fumando palheiro e bebendo chimarrão de erva-periquita nas noites de inverno. Conhecia muito pouco da maldade humana porque lá não havia.
Caí, literalmente, do cavalo várias vezes e montei "em pelo" no velho picasso. Tenho mais hora de carroça que o Schumaker de volante. Tenho saudade sim, mas não teria força para retornar... Resta-me somente curtir a lembrança viva, mista de alegria e dor, de um tempo que nunca mais vai voltar. Quem sabe se o céu não seja uma grande roça na Brusca?
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